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quinta-feira, 24 de março de 2011

HISTÓRIA DO KARATE



INTRODUÇÃO



A luta como prática regular e adequada de atividade física, ensina a controlar os
impulsos agressivos. O conflito, a vingança e outros sentimentos maléficos não trazem
bons resultados, o que se pode controlar praticando a arte marcial para fins educativos
alcançando o equilíbrio e a tranqüilidade física e mental.



O Karatê é uma, dentre as várias artes marciais, que mantém esta filosofia como
caminho a ser seguido, trazendo sua colaboração na formação da personalidade e caráter
do ser humano. Talvez se esta linha de pensamento não fizesse apenas parte das artes
marciais, mas de todos os esportes, teríamos uma mudança considerável de valores
e consequências positivas para as pessoas.


Este trabalho se propõe a dar um pouco mais desta arte milenar que tem atraído milhares
de praticantes, e que consideramos, não só como uma arte de combate ou um método
de defesa pessoal ,mas uma proposta de hábito de vida.
HISTÓRICO


A história do Karatê é um tanto conturbada pois a sua origem vem sendo reclamada
por várias regiões do extremo Oriente como a Índia, China e Japão.


Entre poucas obras e relatos, pesquisas alcançaram o grande difusor desta arte milenar
e pessoa que determinou o rumo que o Karatê segue nos dias de hoje: O Mestre Gichin
Funakoshi - considerado o pai do Karatê -. Chega-se a falar que a origem remonta
2000 anos e que vem atravessando épocas, passando de geração em geração, em círculos
fechados.



Considera-se, porém que as lutas gregas, sem dúvida, foram as mais antigas. O boxe
grego e o pancrácio, lutas da época que utilizavam somente as mãos (a primeira)
e mãos e pés (a segunda, mais próxima ao Karatê) datam de tempos pré-olímpicos.
Já utilizavam-se de seus membros como armas, porém estes tipos de lutas não são
considerados como os "Pilares de sustentação" para o aparecimento das lutas sem
armas.




No Oriente, também originavam-se lutas mescladas que tinham características diversas
(Indianas, Persas, Chinesas, etc.) que eram praticadas sem armas. Foram estas formas
de combate, com estilos misturados, que deram origem ao Karatê. Segundo Tagnin,
este estilo de luta, o Karatê, surgiu inicialmente da observação de movimentos feitos
por diversos animais. Os objetivos e princípios destas lutas diferem um pouco, sendo
que em cada estilo, conceitos são criados e acabam por originar idéias próprias,
porém a essência é uma só. Enquanto a luta Indu procurava um método de combate,
puro e simplesmente, a Chinesa buscava a saúde geral do praticante. Numa movimentos
lentos, noutra, atenção aos reflexos para defesa e ataque.




Na mesma época, um monge Indu pregava a união de corpo e mente. Bodhidharma ensinava
o que achava ser o ideal para a saúde e procurava através desta ligação, alcançar
a verdade e a paz interior. Durante anos meditou ajoelhado (sem movimentar-se) o
que lhe custou os membros. Foi o fundador do Budismo Zen que mantém uma ligação
com as artes da época (principalmente as militares). Vivia no Mosteiro Shao-Lin-Su
na província de Honan e foi o criador do Shao-Lin-Su-Kempo. Com a sua morte, o mosteiro
foi incendiado e os monges que o seguiam foram obrigados a refugiar-se, espalhando-se
pela região (inclusive China) e levando todos os ensinamentos de seu mestre.




O boxe chinês tomou maiores dimensões visto que sofreu influência deste monge, porém
deixou um pouco de lado os princípios, passando para uma simples forma de combate.
Esquecia-se da parte espiritual.





Este aspecto foi pregado pelo Budismo a fim de dar um equilíbrio entre a arte militar
e o poder de controle do homem.




As lutas chinesas dividiam-se em vários estilos, como por exemplo, o Kaiko (nome
de influência mongol graças ao seu domínio na época) que tinha completado-se e adaptado-se
à partir das lutas bárbaras. Também o Kenyu ou Gigeki, o Kempo (nome japonês dado
ao boxe chinês que buscava principalmente velocidade e técnica). Todas estas lutas
aprimoravam-se nesta época graças à invasão mongol (Dinastia MING 1368/ 1644).




Outros estilos diziam-se ligados ao método de Bodhidharma, como o Kang-Fa, o Tai-Chi-Chuan
(parte essencial do Karatê atual), o Hung, o Lui, o Ts'ai.O Tai-Chi visava mais
a saúde do que propriamente o combate. Dele nasceu o Jiu-Jitsu.





Durante todos esses anos, vários foram os mestres japoneses que viajavam para a
China afim de assimilar novas técnicas, como foi o caso do médico Akyama de Nagasaki
,que primeiramente objetivava aprender novas métodos de medicina e reanimação, e
acaba tendo contato direto com o Boxe Chinês.




Ainda que várias regiões intitulam-se o berço do Karatê, acredita-se que este tenha
suas raízes na Ilha de Okinawa, onde elaborou-se definitivamente a luta sem armas.
Conta-se que o rei Hasshi, afim de neutralizar e impedir as revoltas de seu povo
contra o sistema de governo, proibiu o uso de armas na região, o que proporcionou
uma volta aos interesses pelas lutas e técnicas de combate sem armas. Visto que
a ilha era dominada pelos chineses, a imigração era crescente e de certa maneira
f'ácil, o que possibilitou a transmissão das técnicas, como foi o caso do Kempo.
Foi aí que nasceu o OKINAWA-TE, da escola do Kempo e dos vários estilos de luta
locais. Os treinamentos eram secretos e as técnicas não estavam ao alcance de todos,
sendo os alunos escolhidos pelos mestres. Aprimorava-se o uso de mãos, pés, joelhos,
cotovelos, etc.


Após 1900, o OKINAWA-TE é reconhecido como eficiente método de preparo físico e
educativo, passando a ser ensinado nas escolas. Aparecem os mestres Ankoh Itosu
e Kanruo Higaonna e depois GICHIN FUNAKOSHI, Mabuni, Kyan, Motobu, Yahiku, Ogusuku,
CHOGUN MIYAGI. O Okinawa - Te sofre quebra de estilo.


Funakoshi, em 1916,faz sua primeira demonstração em Kyoto, na sede do Centro de
artes marciais (BUDO-KAN). Em 1922,faz uma apresentação em Tokyo à convite do Ministério
da Educação. Por várias vezes encontrou-se com Jigoro Kano, fundador do Judô, de
quem recebeu convite para participação na Kodokan. Em 1924,o Karatê é introduzido
na Universidade de Keio. Em 1932, Gichin Funakoshi escreve um livro onde o nome
KARATÊ (Kara=vazio/Tê=maõs) é adotado oficialmente para esta luta. Novos estilos
começavam a surgir através de apresentações. Kenwa Mabuni em 1930 em Kyoto, originando
o estilo Shito-Ryu, Asamoto Motobu em 1933 em Osaka. Em 1935, é escrito um livro
que traz o Karatê como defesa pessoal e os seus princípios de combate à violência,
auto controle e disciplina. O Wado-Ryu aparece em 1935 com Horonori Otsuba.



Em 1936 ,funda o estilo Shotokan e passa a difundir definitivamente sua arte nas
Universidades á convite do governo.




Para Funakoshi, o Karatê é muito mais que um estilo de combate, é "como sobre a
face polida de um espelho, se reflete tudo que está diante dele e, como um vale
calmo transmite os sons mais doces", assim o estudante de Karatê deve ter seu espírito
livre de egoísmo e das coisas materiais, num esforço de reagir à tudo que pode parecer
adverso à ele. O Karatê segue os princípios do Budô, que representa o caminho da
perfeição humana através da vacuidade do espírito. Conserva o Bushidô, que era o
espírito de honra dos antigos samurais.


Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, a prática do Karatê é proibida, voltando
em 1946.

Funakoshi foi o primeiro a aplicar o estilo de treinamento moderno, baseando-se
na arte da defesa. Com a sua morte, seu filho Yoshitaka prosseguiu no trabalho iniciado
pelo pai, dando origem aos golpes: Yoko-gueri, Mawashi-gueri, Fumi-Komi e Ura Mawashi
(golpes de pé). A evolução foi efetivamente alcançada porém a essência desta arte
foi sendo esquecida pelos alunos do grande mestre.

Com a Grande Guerra, mestres morreram em combates, e o Karatê ensinado procurava
preparar a população à fazer frente às forças inimigas, sendo um tanto selvagem,
esquecendo-se do treinamento espiritual. Este período trouxe grande desenvolvimento
para o Karatê e seus estilos. Passou-se a ensinar a arte de combate para os exércitos
ocupantes e foram os americanos responsáveis pela exportação e ocidentalização do
Karatê, porém um pouco modificado e rudimentar.

Em 1948, Funakoshi fundou a primeira Federação de Karatê, mas as disputas que iniciaram-se
entre os estilos fez com que os atritos passassem a fazer do Karatê uma prática
não unificada, como o é até hoje, ao contrário do Judô. O Karatê universitário estava
filiado ao Kankusei Renmey sob a direção de Obata (164 universidades) e o Karatê
civil, dentre tantos, podemos citar o Nippon Karatê Kyokai, técnica Shotokan dirigida
por Takagi; o Wado-Kai, técnica Wado-Ryu dirigida por Otsuka; a Shotokai, dirigida
por Eganu e o Chidokan que com os universitários é obra dos alunos de Funakoshi.
O Shitokai, a Shutokai, Itosukai e Kenjukai (antigos alunos de Mabuni). Restam o
de Miyagi, o Goju-Kai, Taishukai. As de origem coreana, Okinawa e chinesa, Vechi-Ryu,
Kobayashi-Ryu, Shoreyi-Ryu (de Okinawa), Nihon Karatê Renmei e a Kyokushin-Kai.


Mais tarde, Chogun Miyagi ensina a GOJU-RYU do mestre Higaonna, falecendo em Okinawa
em 1953 aos 65 anos de idade. Depois disso foram vários os estilos que surgiram.


Em 1956, é realizado o primeiro Campeonato Oficial no Japão e em 1970 o primeiro
Campeonato Internacional em Tokyo com a participação de 33 países.


Com o pós guerra, o Karatê difundiu-se pela Europa, sendo que em 1965 fundou-se
a primeira Federação Européia de Karatê ( U.E.K.) tentando unificar o Karatê europeu.
Os dois estilos predominantes nesta área são o Shotokan e o Wado-Ryu.( *Segundo
Sasaki,Y. 1987).

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