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JABOATÃO DOS GUARARAPES, PERNAMBUCO, Brazil
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AS AULAS DE KARATE COM PROFESSOR EDSON.... SÃO NOS DIAS>> SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS, MANHÃ DE 08:OO ÁS 10:00, TARDE DE 15:00 ÁS 14:20

quinta-feira, 31 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mestre Gichin Funakoshi




Com certeza, mestre Gichin Funakoshi, foi um homem bem aventurado por ter sido o responsável ao levar o Karate de Okinawa ao Japão. Como se costuma dizer, Gichin Funakoshi estava no lugar e na hora certa, para dar impulso ao Karate de Okinawa, o qual teria uma projeção que não conheceria fronteiras. Ele foi o precusor para a chegada de outros mestres de Okinawa, como exemplo outro admirável mestre da escola Goju-Ryu, Chojun Miyagi. Mestre Funakoshi nasceu em Shuri, capital real de Okinawa, provavelmente em novembro de 1868. O ano oficialmente registrado de seu nascimento é 1870, mas em sua autobiografia mestre Funakoshi alegou que foi feita uma auteração posterior para permitir que ele participasse de um exame aos nascidos no ano de 1870. Mas segundo se sabe, parece que Gichin Funakoshi usou as duas datas de maneira indiscriminada, isto é, ele na verdade não sabia em que ano nascera. Quanto à sua família, pertencia à classe shizoku, a pequena nobreza., o nome da família era originalmente lido como Tominakoshi. Seu avô foi um renomado intelectual confuncionista que chegou a tutor da família real. Foi-lhe concedida uma generosa pensão quando se aposentou, mas seu devasso filho Gisu, pai de Funakoshi, dissipou a fortuna da família através do jogo e da forte bebida awamori. Prematuro de sete meses e sem esperança de viver muito além da infância, Funakoshi foi entregue aos seus velhos avós para ser criado. Mas surpreendeu a todos ao se transformar num menino normal e saudável, embora um pouco fraco. Desde cedo o avô lhe ensinou os clássicos chineses e o menino acabou provando ser também um estudante dedicado e talentoso. O mestre Funakoshi como sabemos é chamado de "o pai do Karate moderno", pois figura como um representante e um modelo desse estilo de Budo do que seu verdadeiro criador. Na verdade a vida e a história do mestre Gichin Funakoshi se confundi com o surgimento do Karate. No Japão ele trabalhou movido por uma energia vigorosa afim de desenvolver a arte de sua terra natal em terras nipônicas e torná-la reconhecida pelos japoneses. Embora tivesse estatura mediana ( 1,67m e 65 kg), mestre Funakoshi soube se impor com determinação, eficiência, força mental e coragem ilimitada, cujas qualidades aliava naturalmente à sua benevolência e boas maneiras emolduradas por sua gentileza em relação a todos. No que se refere a Gichin Funakoshi, os seus contemporâneos afirmavam que ele era" mais que humano", ou seja, um tatsujin ( indivíduo fora do comum ). A sua primeira aparição em Tóquio, foi perto do fim de 1921, quando o ministério da educação anunciou que seria realizada uma demonstração de artes marciais japonesas antigas na primavera seguinte na Escola Normal Superior para mulheres. Nessa ocasião mestre Funakoshi soube como conquistar o público japonês, não demonstrando somente o kata, mas demonstrando os fundamentos técnicos com base científica pela ação e explicações claras e lógicas, numa linguagem conveniente ao Japão ancioso por modernidade.
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Budo



A palavra japonesa budo é composta de dois caracteres. Embora o caractere bu geralmente seja traduzido por "marcial", os componentes originais desse ideograma tem o sentindo de "parar o conflito com armas", o que implica, exatamente, restaurar a paz. Bu também pode ser interpretado como "ação de valor", " modo corajoso de viver" e "compromisso com a justiça". Do significa o Tao " o Caminho para a verdade" , "a Vereda para a Libertação". Os dois conceitos se juntam para formar a palavra budo, " o Caminho para ações de coragem e de iluminação".

Escrito por John Estevens

Fonte: Segredos do Budo de John Estevens

Karate-Do e a Legítima Defesa pessoal



Honorável estudante, pesquisador e praticante de Karate-Do, gostaria de compartilhar esse modesto artigo com todos que seguem o caminho das mãos vazias. Porque é necessário dizer que escrevo para lembrar de nosso dever e responsabilidade como artista marcial e também de nosso direito à legítima defesa pessoal de nossa integridade física. Sabe-se que sempre foi dito que não devemos infligir agressão física a quem quer que seja, pois estariamos indo contra o que aprendemos com o Karate-Do. Eu e você aprendemos que o verdadeiro e real Karate-Do é uma arte marcial nobre de elevação moral e espiritual, com o intuito de aperfeiçoar o nosso caráter. Porque em Karate aprendemos a educar o nosso instinto agressivo para ser alguém com o temperamento dócil e sereno. Se não temos esses valores como meta de nada será útil para você mesmo e para a segurança da sociedade você praticar Karate. Então por que razão não transformar a si mesmo num ser humano melhor, ofereçendo ao mundo em que vivemos o nosso melhor como pessoa? Certamente, quando assim o fizermos teremos a certeza de que o mundo estará ao nosso lado. Saiba que "aquele que agride uma pessoa, se maior de idade e capaz de entender as consequências de seus atos, pode basicamente estar cometendo os seguintes delítos: lesões corporais, homicídio tentado ou consumado, participação em rixa ou injúria real. Um verdadeiro e real praticante de arte marcial tem o dever, mais que qualquer outra pessoa, de ter plena consciência dos seus atos envolvendo o uso de suas técnicas. Entretanto, o ordenamento jurídico não traz em seu cerne somente a proibição, mas também permite certas condutas. Quando nos deparamos com uma proibição, devemos imediatamente analisar se não há uma norma que não exclui a ilicitude no caso expecífico. Saiba que há situações limítrofes em que a ilicitude de fato é excluida por expressa determinação legal, descaracterizando a prática criminosa, sendo uma delas a legítima defesa. O Código Penal Brasileiro entende estar em legítima defesa aquele que, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem ( artigo 25). A legítima defesa, para que se configure, deve atender a alguns requisitos, a atualidade, ou iminência, a necessidade e a moderação. Os dois primeiros se referem à agressão e os dois últimos à repulsa ou ao impedimento da agressão.

Atualidade : a agressão a ser repelida está em desenvolvimento ( não pode ser passada ou futura)

Iminência : a agressão está em vias de ocorrer.

Necessidade : a ação de defesa deve ser racional, os meios utilizados para impedir ou repelir a agressão devem ser adequados conforme as circunstâncias concretas, ou seja, o agente deve escolher os meios menos danosos que puder e que ao mesmo tempo lhe garantam a defesa.

Moderação : o agente deve aplicar a intensidade razoável no uso dos meios de defesa.

O artista marcial que se defende de uma agressão deve levar em conta sobretudo os dois últimos requisítos acima mencionados. Obviamente não corresponde à necessidade aquele que fere mortalmente pessoa mais fraca, que seria incapaz de causar grandes ofensas à integridade física. Tampouco obedece à ideia da moderação aquele que, protegendo-se de um agressor, nele bate impiedosamente após tê-lo dominado. Entende-se que é possível para qualquer artista marcial, independente da modalidade que pratica, obedecer aos elementos que caracterizam a legítima defesa. Devemos sempre lembrar, contudo, que muitas vezes impedir ou repelir uma agressão sem machucar uma pessoa depende de muito mais treino do que é preciso para ferir alguém. Todo e qualquer sensei, em geral, têm, o dever e a responsabilidade de insistir sempre com seus discípulos que atos de violência não podem partir deles. Porque o senso de responsabilidade é mais importante que a capacidade de lesionar uma pessoa. Qualquer um que deseja aprender artes marciais deve evitar falsos mestres que dizem o contrário ( e que, portanto, estão incentivando a prática de atos ilegais ), como também qualquer sensei ou mestre, devem ter o bom senso de se recusar a ensinar ou passar técnicas para aqueles que, após toda tolerância e oportunidade desejáveis, continuam a querer utilizar os seus conhecimentos com intuitos violentos. Reishin Kawai, mestre de Aikido, em seus ensinamentos sempre enfatiza a importância das questões aqui expostas no presente artigo. Kawai Sensei, ainda sem um profundo conhecimento jurídico da questão, possui o conhecimento filosófico e a intuição que todo verdadeiro mestre tem de que a vida humana é sagrada e a integridade física deve ser preservada a todo custo ( tanto do agressor quanto da vítima ). A harmonia deve ser exercitada e é na prática correta dos kata e do Budo que se entende que o caminho para a paz não é o conflito, pois a essência do Budo é parar o conflito. Portanto, a capacidade de defesa de um verdadeiro artista marcial deve ser exercida somente em situações limítes que comprometam a integridade física ou a vida e, quando a solução por outros meios se tornar inviável, sempre atendendo à necessidade e à moderação da resposta.

Fonte : Aikido Técnica e filosofia de Ernesto Cohn

Conselhos de Oswaldo Duncan Sensei

Aqui você terá a oportunidade de avaliar e confrontar a si mesmo sobre o seu estudo em Karate. Seja sincero consigo mesmo e perceba que a hora da verdade é chegada. Treine com seriedade e descubra o quanto o Karate pode nos auxiliar em todas as áreas de nossa vida.
 

1.º Deve-se ter o adversário sempre presente ao espírito, em momento algum tirar-lhe da vista ou mostrar-lhe os dentes ou sorrir.

O espírito deve dirigir o corpo e o instinto.

A força física e mental que está em nós, é mal coordenada pela dissipação do espírito.

Os exercícios penosos permitem melhorar a concentração e encontrar a verdade sobre si mesmo.

Em todo ataque há um problema de reação, a força volta àquele que a envia e se perde se sua posição for defeituosa.

A concentração mental permite aumentar a força aparente e a eficácia.

A unidade de ação prevalece sobre a vitalidade própria da ação.

Deve-se atacar um adversário profundamente para que se tenha a máxima eficiência.

Em momento algum se pode perder o equilíbrio, pois o adversário não o perderá em um combate real.

10º Em cada ataque, deve-se ter a sensação de nossos pontos fracos para nos defendermos e dos pontos fracos do adversário para atacá-los.

11º Deve-se reencontrar a pureza da criança e juntar-lhe a força e a vitalidade do homem.

12º Aperfeiçoe seus bloqueios, suas posturas e seus ataques. A maior parte dos Mestres treinam ainda Karate do iniciante, simplesmente mais rápido e mais possante, ou seja, com
kime.
13º Todas as bases que não sejam:" Zenkutsu", "Kokutsu" e "Kiba-dachi" são variantes, portanto, deve-se treinar ao máximo o equilíbrio nestas três bases.

14º O corpo atravessa período de fraqueza e de força aliados à respiração.

15º Em treinamento a sua força deve atravessar o adversário ( imaginário ), não bater sobre ele.

16º Nunca ponha força nas espáduas, mas abaixo delas.

17º Em qualquer defesa, pense na rotação do punho, com pequena força poderá desviar a direção de um ataque.

18º deve-se sempre estar pronto a atacar e bloquear em todas as direções.

19º Em combate, a respiração deve ser invisível para o adversário.

20º O Karate só pode ser compreendido pelo trabalho interior ( resultados ).

21º É necessário que aqueles que o veem lutar ou ministrar aulas não tenham somente prazer em vê-lo, mas respeito pelos seus esforços e intenções.

22º Não se deve jamais parar a respiração durante um "Kumite", nem antes do ataque ou bloqueio, nem depois.

23º O kiai, elemento da respiração, não é senão uma consequência da união da força física, moral e psíquica em seu momento culminante.

24º Numa ação eficaz é sempre aparentemente simples, sem força especial.

25º Bloqueia-se com a mente, acessoriamente com o braço.

26º O Kime é a penetração da onda "Ki" ( no ponto vital do corpo ), no momento do ataque ou do bloqueio. Sem "Ki" sem "Kime" não há o verdadeiro Karate.

27º Os quatro elementos principais de um bom praticante são: vitalidade, força de vontade, segurança e principalmente humildade.

28º Não é bom pensar sem cessar no Karate,
é melhor treinar sempre com dedicação e desenvolver as suas atividades normais, pois isto também é Karate.

29º O espírito do Karate, deve transcender o dojo e acompanhar o praticante na sua vida cotidiana.


ZOnal norte nordeste - CBKI

HISTÓRIA DO KARATE



INTRODUÇÃO



A luta como prática regular e adequada de atividade física, ensina a controlar os
impulsos agressivos. O conflito, a vingança e outros sentimentos maléficos não trazem
bons resultados, o que se pode controlar praticando a arte marcial para fins educativos
alcançando o equilíbrio e a tranqüilidade física e mental.



O Karatê é uma, dentre as várias artes marciais, que mantém esta filosofia como
caminho a ser seguido, trazendo sua colaboração na formação da personalidade e caráter
do ser humano. Talvez se esta linha de pensamento não fizesse apenas parte das artes
marciais, mas de todos os esportes, teríamos uma mudança considerável de valores
e consequências positivas para as pessoas.


Este trabalho se propõe a dar um pouco mais desta arte milenar que tem atraído milhares
de praticantes, e que consideramos, não só como uma arte de combate ou um método
de defesa pessoal ,mas uma proposta de hábito de vida.
HISTÓRICO


A história do Karatê é um tanto conturbada pois a sua origem vem sendo reclamada
por várias regiões do extremo Oriente como a Índia, China e Japão.


Entre poucas obras e relatos, pesquisas alcançaram o grande difusor desta arte milenar
e pessoa que determinou o rumo que o Karatê segue nos dias de hoje: O Mestre Gichin
Funakoshi - considerado o pai do Karatê -. Chega-se a falar que a origem remonta
2000 anos e que vem atravessando épocas, passando de geração em geração, em círculos
fechados.



Considera-se, porém que as lutas gregas, sem dúvida, foram as mais antigas. O boxe
grego e o pancrácio, lutas da época que utilizavam somente as mãos (a primeira)
e mãos e pés (a segunda, mais próxima ao Karatê) datam de tempos pré-olímpicos.
Já utilizavam-se de seus membros como armas, porém estes tipos de lutas não são
considerados como os "Pilares de sustentação" para o aparecimento das lutas sem
armas.




No Oriente, também originavam-se lutas mescladas que tinham características diversas
(Indianas, Persas, Chinesas, etc.) que eram praticadas sem armas. Foram estas formas
de combate, com estilos misturados, que deram origem ao Karatê. Segundo Tagnin,
este estilo de luta, o Karatê, surgiu inicialmente da observação de movimentos feitos
por diversos animais. Os objetivos e princípios destas lutas diferem um pouco, sendo
que em cada estilo, conceitos são criados e acabam por originar idéias próprias,
porém a essência é uma só. Enquanto a luta Indu procurava um método de combate,
puro e simplesmente, a Chinesa buscava a saúde geral do praticante. Numa movimentos
lentos, noutra, atenção aos reflexos para defesa e ataque.




Na mesma época, um monge Indu pregava a união de corpo e mente. Bodhidharma ensinava
o que achava ser o ideal para a saúde e procurava através desta ligação, alcançar
a verdade e a paz interior. Durante anos meditou ajoelhado (sem movimentar-se) o
que lhe custou os membros. Foi o fundador do Budismo Zen que mantém uma ligação
com as artes da época (principalmente as militares). Vivia no Mosteiro Shao-Lin-Su
na província de Honan e foi o criador do Shao-Lin-Su-Kempo. Com a sua morte, o mosteiro
foi incendiado e os monges que o seguiam foram obrigados a refugiar-se, espalhando-se
pela região (inclusive China) e levando todos os ensinamentos de seu mestre.




O boxe chinês tomou maiores dimensões visto que sofreu influência deste monge, porém
deixou um pouco de lado os princípios, passando para uma simples forma de combate.
Esquecia-se da parte espiritual.





Este aspecto foi pregado pelo Budismo a fim de dar um equilíbrio entre a arte militar
e o poder de controle do homem.




As lutas chinesas dividiam-se em vários estilos, como por exemplo, o Kaiko (nome
de influência mongol graças ao seu domínio na época) que tinha completado-se e adaptado-se
à partir das lutas bárbaras. Também o Kenyu ou Gigeki, o Kempo (nome japonês dado
ao boxe chinês que buscava principalmente velocidade e técnica). Todas estas lutas
aprimoravam-se nesta época graças à invasão mongol (Dinastia MING 1368/ 1644).




Outros estilos diziam-se ligados ao método de Bodhidharma, como o Kang-Fa, o Tai-Chi-Chuan
(parte essencial do Karatê atual), o Hung, o Lui, o Ts'ai.O Tai-Chi visava mais
a saúde do que propriamente o combate. Dele nasceu o Jiu-Jitsu.





Durante todos esses anos, vários foram os mestres japoneses que viajavam para a
China afim de assimilar novas técnicas, como foi o caso do médico Akyama de Nagasaki
,que primeiramente objetivava aprender novas métodos de medicina e reanimação, e
acaba tendo contato direto com o Boxe Chinês.




Ainda que várias regiões intitulam-se o berço do Karatê, acredita-se que este tenha
suas raízes na Ilha de Okinawa, onde elaborou-se definitivamente a luta sem armas.
Conta-se que o rei Hasshi, afim de neutralizar e impedir as revoltas de seu povo
contra o sistema de governo, proibiu o uso de armas na região, o que proporcionou
uma volta aos interesses pelas lutas e técnicas de combate sem armas. Visto que
a ilha era dominada pelos chineses, a imigração era crescente e de certa maneira
f'ácil, o que possibilitou a transmissão das técnicas, como foi o caso do Kempo.
Foi aí que nasceu o OKINAWA-TE, da escola do Kempo e dos vários estilos de luta
locais. Os treinamentos eram secretos e as técnicas não estavam ao alcance de todos,
sendo os alunos escolhidos pelos mestres. Aprimorava-se o uso de mãos, pés, joelhos,
cotovelos, etc.


Após 1900, o OKINAWA-TE é reconhecido como eficiente método de preparo físico e
educativo, passando a ser ensinado nas escolas. Aparecem os mestres Ankoh Itosu
e Kanruo Higaonna e depois GICHIN FUNAKOSHI, Mabuni, Kyan, Motobu, Yahiku, Ogusuku,
CHOGUN MIYAGI. O Okinawa - Te sofre quebra de estilo.


Funakoshi, em 1916,faz sua primeira demonstração em Kyoto, na sede do Centro de
artes marciais (BUDO-KAN). Em 1922,faz uma apresentação em Tokyo à convite do Ministério
da Educação. Por várias vezes encontrou-se com Jigoro Kano, fundador do Judô, de
quem recebeu convite para participação na Kodokan. Em 1924,o Karatê é introduzido
na Universidade de Keio. Em 1932, Gichin Funakoshi escreve um livro onde o nome
KARATÊ (Kara=vazio/Tê=maõs) é adotado oficialmente para esta luta. Novos estilos
começavam a surgir através de apresentações. Kenwa Mabuni em 1930 em Kyoto, originando
o estilo Shito-Ryu, Asamoto Motobu em 1933 em Osaka. Em 1935, é escrito um livro
que traz o Karatê como defesa pessoal e os seus princípios de combate à violência,
auto controle e disciplina. O Wado-Ryu aparece em 1935 com Horonori Otsuba.



Em 1936 ,funda o estilo Shotokan e passa a difundir definitivamente sua arte nas
Universidades á convite do governo.




Para Funakoshi, o Karatê é muito mais que um estilo de combate, é "como sobre a
face polida de um espelho, se reflete tudo que está diante dele e, como um vale
calmo transmite os sons mais doces", assim o estudante de Karatê deve ter seu espírito
livre de egoísmo e das coisas materiais, num esforço de reagir à tudo que pode parecer
adverso à ele. O Karatê segue os princípios do Budô, que representa o caminho da
perfeição humana através da vacuidade do espírito. Conserva o Bushidô, que era o
espírito de honra dos antigos samurais.


Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, a prática do Karatê é proibida, voltando
em 1946.

Funakoshi foi o primeiro a aplicar o estilo de treinamento moderno, baseando-se
na arte da defesa. Com a sua morte, seu filho Yoshitaka prosseguiu no trabalho iniciado
pelo pai, dando origem aos golpes: Yoko-gueri, Mawashi-gueri, Fumi-Komi e Ura Mawashi
(golpes de pé). A evolução foi efetivamente alcançada porém a essência desta arte
foi sendo esquecida pelos alunos do grande mestre.

Com a Grande Guerra, mestres morreram em combates, e o Karatê ensinado procurava
preparar a população à fazer frente às forças inimigas, sendo um tanto selvagem,
esquecendo-se do treinamento espiritual. Este período trouxe grande desenvolvimento
para o Karatê e seus estilos. Passou-se a ensinar a arte de combate para os exércitos
ocupantes e foram os americanos responsáveis pela exportação e ocidentalização do
Karatê, porém um pouco modificado e rudimentar.

Em 1948, Funakoshi fundou a primeira Federação de Karatê, mas as disputas que iniciaram-se
entre os estilos fez com que os atritos passassem a fazer do Karatê uma prática
não unificada, como o é até hoje, ao contrário do Judô. O Karatê universitário estava
filiado ao Kankusei Renmey sob a direção de Obata (164 universidades) e o Karatê
civil, dentre tantos, podemos citar o Nippon Karatê Kyokai, técnica Shotokan dirigida
por Takagi; o Wado-Kai, técnica Wado-Ryu dirigida por Otsuka; a Shotokai, dirigida
por Eganu e o Chidokan que com os universitários é obra dos alunos de Funakoshi.
O Shitokai, a Shutokai, Itosukai e Kenjukai (antigos alunos de Mabuni). Restam o
de Miyagi, o Goju-Kai, Taishukai. As de origem coreana, Okinawa e chinesa, Vechi-Ryu,
Kobayashi-Ryu, Shoreyi-Ryu (de Okinawa), Nihon Karatê Renmei e a Kyokushin-Kai.


Mais tarde, Chogun Miyagi ensina a GOJU-RYU do mestre Higaonna, falecendo em Okinawa
em 1953 aos 65 anos de idade. Depois disso foram vários os estilos que surgiram.


Em 1956, é realizado o primeiro Campeonato Oficial no Japão e em 1970 o primeiro
Campeonato Internacional em Tokyo com a participação de 33 países.


Com o pós guerra, o Karatê difundiu-se pela Europa, sendo que em 1965 fundou-se
a primeira Federação Européia de Karatê ( U.E.K.) tentando unificar o Karatê europeu.
Os dois estilos predominantes nesta área são o Shotokan e o Wado-Ryu.( *Segundo
Sasaki,Y. 1987).

Lema do karatê - Dojokun



Dojokun - Segundo explanação do Prof. Osvaldo Messias





1. "Esforçar para a formação do caráter"


O caráter de uma pessoa é aquilo que a distingue diante das outras: é aquilo que lhe é próprio. Nosso caráter é desenvolvido pela educação recebida dos pais, professores, pela cultura de nosso povo e pelos padrões de comportamento veiculados pelos meios de comunicação, que tão grande impacto têm exercido no desenvolvimento da pessoa humana. No entanto, nosso caráter, isto é, nossa propriedade, aquilo que nos define diante dos demais, pode ser desenvolvido não apenas como reflexo de uma educação externa, mas também com a nossa participação consciente. O Karatê é um processo de auto-conhecimento e de investimento no crescimento pessoal e, como tal, resulta em frutos que podem ser grande valia para o indivíduo.




2. "Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão"


Fidelidade tem dois significados: Em primeiro lugar, quer dizer que nós acreditamos em um determinado princípio. Em segundo lugar, significa que somos fiéis a esse princípio. Na realidade, o sentido da fidelidade só é encontrado naqueles que são fiéis, não naqueles que apenas afirmam que acreditam no princípio. Quanto à razão, afirma um grande pensador que ela é o maior bem distribuído entre os homens. Com ela é possível diferenciar as coisas e adquirir conhecimento. No entanto, ser dotado de razão não quer dizer que se vive de acordo com a razão: "não basta ter espírito bom, é necessário dirigí-lo bem". O espírito do homem é rico em possibilidades, mas se for mal dirigido, acabará por negar a sua própria riqueza. A prática do Karatê nos proporciona o maior fruto do espírito, "o equilíbrio".


3. "Criar o espírito de esforço"




Quando vemos uma pessoa apresentando esforço no rosto, ou algum movimento do corpo, podemos ir mais além e verificar que o esforço, na realidade, não está no corpo, mas no sentimento interior, no espírito e no pensamento das pessoas. Uma pessoa que alimenta idéias de persistência e de otimismo é alguém que desenvolve o espírito de esforço. Esse espírito pode ser visto, por outro lado, em rostos e corpos que não aparentem o menor movimento, porque o espírito tranqüilo gera energias, enquanto o espírito exaltado e agitado as consome. No Karatê, aprende-se a lidar na vida com calma, porém com firmeza, e é nisto que consiste o espírito de esforço: não no esgotamento da força mas, no estágio mais desenvolvido de nosso espírito, na sua conservação e na geração de serenidade e de tranqüilidade. Onde há esforços não há violência. Este esforço pode ser traduzido na sentença de Funakoshi: "Nós não . aprendemos para lutar, nós lutamos - isto é nos esforçamos - para aprender". O espírito de esforço é a força do espírito.





4. "Respeito acima de tudo"




Apesar dos Códigos legais imporem penas aos que desrespeitam seus semelhantes, eles não têm possibilidade de alcançar o interior das pessoas e influenciá-las, isto é tarefa dos educadores. O Karatê como atividade educativa, tem como princípio levar o indivíduo a perceber a si mesmo e o seu semelhante, não só isso mas, também, conscientizá-lo do valor do Respeito, não só ao semelhante, mas a si mesmo. O Respeito pelo outro não significa uma anulação do próprio ego e o respeito por si não quer dizer a anulação do outro.
Uma pessoa pode desrespeitar a si mesma, adotando comportamentos agressivos para com seu próprio corpo, ou para com seu espírito: é sempre adequado indagar qual a finalidade das decisões que tomamos em relação ao nosso bem estar e ao nosso desfrute sadio da vida. Podemos evitar maus alimentos, más conversas, maus ambientes, más leituras e maus hábitos. Assim, estaremos conservando o respeito por nós mesmos.
Por outro lado, uma pessoa pode também respeitar a seu próximo, não porque os Códigos Legais são punidores, mas porque todo ser humano tem um valor como pessoa e porque a "boa vontade" é uma virtude do espírito que pode ser desenvolvida e aperfeiçoada. O Karatê é uma maneira de se chegar a ela e ao respeito. Desse ponto de vista, o Karatê apresenta uma grande utilidade para o desenvolvimento humano e a paz social e política, não só entre os cidadãos de um mesmo país, mas entre todos os homens e todos os países.



5. "Conter o espírito de agressão"




Se por um lado, o espírito tranqüilo gera energias e serenidade, o espírito exaltado e agitado gera agressividade, contra a própria pessoa e contra os outros.
O lutador de Karatê é ponderado e prudente. Ele aprende que os "Katás" começam com defesas e que no Karatê não há golpes de agressão. O principal objetivo da arte do Karatê não é o outro como alvo, mas a própria pessoa. Isto vai provocar uma caminhada para a consciência de si mesmo e para a superação de aspectos negativos do comportamento e da mente. Na realidade o Karatê é uma reeducação da mente e dos padrões de comportamento. Quando se diz : "Conter", afirma-se que o homem é capaz de mudar os padrões de pensamentos agressivos em pensamentos de respeito e equilíbrio. A prática do Karatê vai aos poucos, modificando os padrões de pensamentos e substituindo os pensamentos de agressão por pensamentos de harmonia.

Historias do karate-do

Karate: A história do Karate-do

O Karate-do nasceu na Índia há cerca de cinco mil anos, quando um Príncipe, SIDHARTA GAUTAMA, observou nos movimentos de luta entre os animais, algumas formas técnicas que adaptou à condição humana, como movimentos técnicos de grande dinâmica e repletos de intensão.
Mais tarde, um monge indiano, Bodhidharma, peregrinou até à China, encontrando aí alguns monges em franco estado de debilidade. Ensinou-lhes as técnicas até aí estudadas, e desenvolveu um método de treino físico e mental, o Tai-Chi, o qual, se propagou, mais tarde, até à ilha de Okinawa.
Bodhidharma
A filosofia que lhe assistia, aliada à sua riqueza técnica, permitiram que tivesse sobrevivido a todas as evoluções, e revoluções, sócio-culturais existentes, desde essa época até aos nossos dias.
Apesar de sofrer várias adaptações, de acordo com as necessidades dos povos de então, e de ter servido as mais diversas culturas, ele foi sempre preservado no essencial.
Na sua Idade Média, a guerra dele se aproveitou, agudizando-lhe a intensão base, tornando o movimento mais acutilante e carregando a sua trajectória de uma certa violência. Com efeito, esta foi a forma como o Karate-do foi treinado e desenvolvido durante centenas de anos.
Sendo, como atrás se referiu, uma prática com milhares de anos, é no entanto bastante recente a sua designação de Karate-do, assinalando assim uma data muito importante na sua evolução.
Por determinação do Imperador Meiji, do Japão da época, foram retirados da trajectória dos seus movimentos, os inimigos ou adversários que a guerra com as suas necessidades lá colocou. Para cumprimento desta determinação Imperial, foi para tal indigitado um velho monge e professor, um dos mais conceituados Mestres daquela época: Gichin Funakoshi

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